Lagartixa tem cola atômica nas patas
Esqueça essa história de ventosa. O que permite às largartixas desafiar a lei a gravidade e correr no teto da casa são as mesmas foraças que atuam em ligações químicas. Chamadas forças de Van der Waals, elas são responsáveis pela atração entre certas moléculas, como as do carbono, no grafite, e as dos gases em geral. Sob certas condições essas moléculas trocam elétrons e se atraem.
Um grupo de pesquisadores americanos descobriu que o animal é capaz de criar uma interação atômica temporária com a parede graças a estruturas microscópicas existentes na sua pata conhecidas como setas.
Cada seta tem uma ponta em forma de brócolis onde se localizam entre 400 e 1000 espátulas de meio milésimo de milímetro cada uma. São essas pontas que trocam elétrons com paredes ou outras superfícies lisas.
A força criada pelo contato é equivalente a dez vezes a pressão do ar - o suficiente para entortar um arame. Elas fazem isso de uma maneira limpa, sem nenhum tipo de substância pegajosa.
Super Interessante, julho/2000.